
O que causou a morte do idoso Djanir Félix da Silva, 84 anos, continua sendo um mistério para a família e também para a polícia. O delegado Gabriel Zanella, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DHD) de Santa Maria não descarta nenhum hipótese, inclusive a de morte natural. Mas as possibilidades de homicídio ou latrocínio ganham mais força. O corpo do idoso foi encontrado na última terça-feira, dentro de uma sanga no bairro Urlândia, depois de quase um mês do desaparecimento.
O delegado aguarda o laudo da necropsia do Instituto-Geral de Perícias (IGP)para descobrir qual foi a causa da morte do idoso e quando ele foi morto. O corpo de Djanir apresentava um ferimento na cabeça, que pode ter sido causado por um golpe com algum objeto contundente.
– Estamos aguardando o resultado conclusivo da necropsia. Seguimos investigando, e não descartamos nenhuma linha de investigação. Pode ser até mais um latrocínio. O ferimento pode ser consequência de uma queda ou não, mas isso vai ser apurado pela perícia – reforça o delegado.
O local onde o corpo foi encontrado também é relativamente distante de onde o idoso foi visto pela última vez, quando desembarcou de um ônibus que vinha de Formigueiro, na BR-392, para visitar familiares. Mas um fator importante levado em consideração é que o local onde o corpo foi encontrado é um lugar ermo.

Para os familiares, que fizeram o reconhecimento do corpo na manhã de quarta-feira, no Posto Médico-Legal de Santa Maria, não há dúvidas de que o idoso foi vítima de um assassinato. Segundo os familiares, o ferimento na cabeça, o local onde foi encontrado e o fato de o corpo não estar em estado tão avançado de decomposição apontam que a morte de Djanir não foi há muito tempo.
– Também estamos aguardando a perícia, mas que ele foi assassinado, foi. Ele ficou vários dias desaparecido e aparece agora, morto? Só pode ter sido assassinado. Se eles estivesse perdido, em algum lugar teríamos achado ele, porque procuramos por todos os cantos. Se ele estivesse morto desde aquele dia, o corpo estaria em estado mais avançado. Temos esperança de que o culpado seja encontrado, mas temos que esperar – afirma Vando Silva, neto de Djanir.
O idoso desapareceu em Santa Maria no dia 22 de junho. Ele havia saído de Formigueiro, onde morava, com destino a Santa Maria para visitar familiares em virtude da morte de um cunhado. A última vez que foi visto, o idoso descia do ônibus na BR-158, próximo da rotatória da Uglione. Não há prazo determinado para que o resultado da perícia seja divulgado. Caso a morte não tenha sido natural, Santa Maria chegará ao seu 33º homicídio do ano.