Mesmo sem novos temporais, a Defesa Civil segue preocupada com o tempo no Rio Grande do Sul. Ao invés de estragos provocados por granizo, agora é o nível dos rios que mantém os gaúchos em alerta. Até o meio-dia desta sexta-feira, quando foi divulgado o balanço mais recente, 19 famílias haviam deixado suas casas no Estado.
A situação mais crítica segue na região dos vales do Rio Pardo e do Taquari, com municípios afetados pela cheia do Rio Taquari. O nível normal é de 13 metros, mas, na medição desta manhã, estava a 10,5 metros.
Cidades como Lajeado, Encantando, Estrela e Venâncio Aires já registram pontos de inundação. Em Lajeado, 18 famílias precisaram deixar suas casas, que foram invadidas pela água e, destas, oito foram transferidas ao abrigo municipal. Acessos e rodovias foram interditados. É o caso da ERS-129, que está bloqueada no km 50, próximo à entrada do município de Colinas.
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– O Rio Taquari estabilizou em Encantado ao meio-dia. Isso quer dizer que ele vai continuar subindo em Lajeado por mais cinco horas, mas de forma bem mais lenta. Por isso, vamos tentar tirar o menor nível possível de pessoas de suas casas – afirmou o coordenador regional da DF, major Ricardo Accioly Gerhard.
Outra região que preocupa é pode onde passa o Rio Caí. Ao invés dos normais 5 metros em São Sebastião do Caí, as águas continuam subindo e chegaram a 10,5 metros nesta sexta-feira. Em Montenegro, o rio chegou a 5,6 metros, sendo que o normal é de 3 metros. Em Canela, uma família teve se ser removida de casa.
– Como a previsão é de que não haja chuva hoje e nos próximos dias, nossa expectativa é que os rio comecem a baixar e a situação seja normalizada de forma rápida – afirmou o coordenador estadual de Defesa Civil, coronel Everton Santos Oltramari.
Conforme a Sala de Situação da SEMA, ainda pode ocorrer chuva fraca em pontos isolados, mas o sol predomina e o frio volta de maneira intensa ao Estado.