Uma cadelinha vira-lata foi resgatada na manhã desta terça-feira pelo Corpo de Bombeiros da Capital após a corporação receber diversas ligações, via 193, alertando que o animal estava preso na tubulação de um bueiro no Arroio Dilúvio. A guarnição chefiada pelo sargento Vagner Silveira, 35 anos, custou para conseguir retirar o animal do local.
– Ela estava desnutrida, porque devia estar há bastante tempo no local. Mas nós demos sorte de conseguir resgatá-la – contou Silveira.
As imagens capturadas pelo repórter fotográfico do jornal Zero Hora Ronaldo Bernardi mostram que o sargento precisou ser segurado por um colega, a fim de chegar mais fundo no bueiro e retirar a cadelinha de lá. Silveira explicou como fez para concluir o resgate:
– Me abaixei naquela mureta que tem no Arroio Dilúvio e meu braço alcançou a tubulação. Aí ela foi para a parte inferior da tubulação e consegui pegar a perna dela.
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O sargento confirmou que esse tipo de chamado para socorrer animais é algo normal no dia-a-dia dos bombeiros. Sobre a sensação de resgatar um animalzinho, ele afirma que é muito gratificante.
– O envolvimento emocional das pessoas envolvidas é o que mais nos comove. Não podemos nos envolver emocionalmente nesse tipo de caso. Mas temos amor pelos bichos, zelo, cuidado – disse.
A vira-lata foi levada para a Associação Riograndense Protetora dos Animais (Arpa), onde recebeu o atendimento de um médico veterinário e foram feitos exames clínicos que confirmaram que ela passa bem. Contudo, a associação não é o lugar correto para que o animal seja deixado. O ideal é entrar em contato com a Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda), pelo 156.
Em contato com a reportagem do Diário Gaúcho o presidente da Arpa, Julio Ferras, explicou que hoje a entidade trabalha, principalmente, com a esterilização dos animais. No entanto, ele garantiu que a vira-lata resgatada pelos bombeiros nesta manhã vai ficar em observação por, no mínimo, sete dias. Depois disso ela será vermifugada, vacinada, esterilizada, até que seja feito o processo de microchipagem e, a partir daí, será colocada para a adoção.