Normalmente discreta nas suas passagens por Porto Alegre, Dilma Rousseff (PT) quebrou o protocolo na manhã deste domingo. A presidente apareceu em frente ao seu prédio, na zona sul da cidade, e cumprimentou um grupo que lhe prestava uma homenagem.
Sob gritos de "Dilma guerreira da pátria brasileira", a presidente recebeu flores, tirou fotos e felicitou as mães do país. Aos jornalistas que estavam no local, ela disse que não concederia entrevistas.
Em torno de 60 pessoas – a maioria delas, mulheres – se reuniam na calçada do edifício desde a metade da manhã para manifestar apoio à presidente e protestar contra o processo de impeachment com cartazes, faixas e flores. O ato foi organizado pelo Comitê de Mulheres Contra o Golpe em Defesa da Democracia.
Os participantes da ação, que gritavam frases como "Fica querida" e "Não vai ter golpe", também pediram que Dilma autografasse bandeiras do Brasil. A presidente, que, mais cedo, havia saído para pedalar na Capital, ficou entre os apoiadores por cerca de 10 minutos.
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– Vimos que a Dilma estaria em Porto Alegre e resolvemos trazer um carinho, um apoio para ela, que é mãe exemplar, mulher forte, guerreira e batalhadora que esta sendo injustiçada, sendo acusada de um crime que não cometeu – disse a estudante de Ciências Sociais e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Fabiane Dutra, 35 anos, uma das organizadoras da ação.
Cartazes com frases como "Dilma guerreira da pátria brasileira" e "Mães com Dilma" foram colados no muro do condomínio.