Diante da possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitar ocupar um ministério no governo Dilma Rousseff, a oposição acertou, na manhã desta terça-feira, que vai agir em conjunto para barrar a nomeação. Os oposicionistas vão apresentar ação popular que será protocolada nos Estados e no Distrito Federal. O lançamento da ação conjunta será na tarde desta terça na Câmara.
Deputados do DEM, PSDB e PPS avaliam que a nomeação de Lula seria uma manobra para atrapalhar a investigação da Operação Lava-Jato e tirar das mãos do juiz Sergio Moro a condução dos trabalhos, garantindo ao petista foro privilegiado.
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O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), disse que a medida mostra que o governo já acabou e está em pânico.
– Desesperado, (o governo) tenta se agarrar em seus últimos momentos – comentou.
Aceitando um ministério, Lula ganha a prerrogativa de foro privilegiado. Na prática, isso significa que qualquer denúncia contra ele teria de ser avaliada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e não pelo juiz Sergio Moro, considerado muito duro com os investigados da Lava-Jato. Os oposicionistas acreditam que a nomeação significaria obstrução da Justiça.
Às vésperas do julgamento dos embargos de declaração do rito do impeachment, os líderes de oposição farão um périplo no STF nesta tarde. Na agenda estão previstos encontros com os ministros Luís Roberto Barroso, Celso de Mello, Marco Aurélio, Cármen Lúcia e Rosa Weber.
*Estadão Conteúdo