Nem o sol forte e a temperatura acima dos 32 graus em Florianópolis desanimou as cerca de 5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, que atenderam na tarde desta sexta-feira ao chamado de entidades sindicais e partidos alinhados ao governo federal para um ato em defesa da democracia e em apoio ao ex-presidente Lula (PT) e à presidente Dilma Rousseff (PT). Os organizadores estimam 10 mil participantes no movimento.
A concentração começou às 16h e o ato durou três horas e meia, sempre na avenida Paulo Fontes e no canteiro central em frente ao Ticen, sem caminhada. Um caminhão de som acompanhou os militantes, que em sua maioria vestia roupas vermelhas ou com as cores da bandeiras brasileira e carregava bandeiras do Brasil, de partidos como PT e PCdoB e de entidades como a CUT.
Do alto do caminhão, líderes sindicais e políticos como o ex-deputado Jailson Lima (PT) e as deputadas Ana Paula Lima (PT) e Angela Albino (PCdoB) se revezaram no microfone. No chão, os manifestantes gritavam palavras de ordem e eram embalados por músicas de Geraldo Vandré e Chico Buarque que foram emblemáticas na luta contra a Ditadura Militar.
Nos discursos e nas reações do público, predominou a crítica ao processo de impeachment, chamado de tentativa de golpe, e à alegada irregularidade da Justiça em grampear e divulgar áudios envolvendo a presidente Dilma. A imprensa, entidades patronais, partidos de direita, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e o juiz Sergio Moro também foram alvo de críticas. O Hino Nacional encerrou o ato por volta de 21h30min.
Santa Catarina teve outros dois atos regionais unificados nesta sexta em defesa da democracia, em Chapecó e Joinville.