O número de assaltos às bilheterias da Trensurb já soma oito ocorrências em 2016. O número é mais da metade do total registrado em todo o ano passado, quando foram 15 ataques. A insegurança é crescente, uma vez que em todo 2013 havia sido 13 assaltos. A contabilidade da Trensurb não inclui as ocorrências contra passageiros nas estações, como o arrastão ocorrido em 27 de janeiro.
A mais recente ocorrência foi nesta madrugada, na estação Esteio. Dois homens armados renderam funcionários e levaram dinheiro e celulares, por volta das 3h. Conforme o Sindicato dos Metroviários (Sindimetrô-RS), se forem somados os ataques a usuários, já são 16 assaltos em 2016, número não confirmado pela Trensurb.
Para a entidade, o aumento da criminalidade passa pelo baixo efetivo de seguranças metroviários, cujo número hoje é de 118 pessoas. Conforme o vice-presidente do Sindimetrô, Clovis Pinheiro, o número ideal seria o dobro.
– Por causa de férias e faltas, temos menos de 60 seguranças por dia para trabalhar efetivamente. E isso ainda tem que dividir por quatro turnos e 23 estações – diz Pinheiro.
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O Sindimetrô convocou para o próximo dia 1º de março uma assembleia da categoria. Será votada a proposta de paralisação por um dia, em protesto pela aumento dos assaltos. A insegurança nas estações da Trensurb motivaram uma reunião na manhã desta quinta-feira, entre a empresa e os metroviários.
A Trensurb alega que os seguranças metroviários têm função operacional e não patrimonial, priorizando atividades de assistência aos usuários. No entanto, informa que os funcionários mantém interlocução com os órgãos de segurança pública, com o objetivo de agilizar o atendimento de ocorrências. Como exemplo, cita o compartilhamento de imagens de câmeras de segurança diretamente com a Brigada Militar.