Você ficou desempregado? Então, é hora de buscar uma restruturação financeira para atravessar esta fase e ficar prevenido.
O educador financeiro e presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, dá dez passos para manter o foco e enfrentar o período:
A primeira ação - Se estiver endividado, pode ser um erro querer quitar as dívidas com o dinheiro do fundo de garantia. Se usar muito deste dinheiro, estará sob o risco de ficar sem receitas para cobrir gastos à frente. Então, planeje-se melhor em relação a esses valores antes de qualquer medida.
Crie uma reserva emergencial - O desempregado tem de ter dinheiro guardado para as despesas, e, eventualmente, para investir também num curso e retomar a carreira. A primeira medida a ser tomada é reter os valores ganhos de fundo de garantia, seguro-desemprego e férias vencidas. Esse dinheiro só deverá ser mexido após ser estabelecida uma estratégia.
Analise a sua realidade - É fundamental que tenha total domínio de seus números nesse momento. Portanto, se deve saber o valor que possui guardado e somar com o que será ganho. Também deverá fazer um levantamento de todos os gastos mensais, minuciosamente, desde cafezinho até parcela da casa própria, nada deve passar despercebido. Em caso de dívidas e parcelamentos, esses devem ser também somados.
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Congele ferramentas de crédito - Cartões de crédito, cheque especial, cartão de lojas e outras ferramentas de crédito fácil devem ser prioritariamente esquecidas de sua vida. Evite mesmo em caso de emergência. Caso não consiga pagar esses valores, os juros serão exorbitantes, criando um caminho de difícil volta.
Faça uma faxina financeira - O que realmente é prioridade para a sua vida? Pense muito bem nessa questão, pois chegou a hora de cortar muitos gastos que não agregam à vida. Gastos que devem ser repensados pode ser de TV a cabo, celulares e smartphones, balada e ida a restaurantes, água e energia e outros pequenos gastos. Priorize o que é realmente é fundamental nesse período.
Mude o seu padrão de vida - É hora de reestruturação, e não de manter a pose. Nos momentos de dificuldade, a humildade é um diferencial. Então, o primeiro passo para mudar sua realidade é aceitar que seu padrão de vida mudou, e não viver de aparências.
Negocie as dívidas - Ainda falando de humildade, chegou a hora de buscar os credores e ser o mais franco possível, mostrar que não quer se tornar inadimplente, mas que também não possui condições de pagamento, buscando assim diminuir os juros e esticar os débitos. Lembrando sempre de priorizar dívidas com juros mais altos e com bens de valor como garantia.
Fuja dos exploradores - Infelizmente, por mais que seu momento seja de desespero, existem pessoas mal-intencionadas prontas para se aproveitarem dos seus temores. Não permita abusos. Muitos tentarão tirar proveito de sua fraqueza para tentar obter vantagens. Evite promessas e garantias descabidas. Às vezes, é melhor estar com o nome sujo do que ser explorado pelas pessoas.
Busque fazer bicos - Por mais que não seja em sua área de atuação, busque fontes alternativas de ganhos. Chegou a hora de deixar o orgulho de lado e buscar garantir um mínimo de renda, por mais que não seja em sua área de atuação.
Levanta e sacode a poeira - Agora é hora de buscar o mais rápido possível a recolocação profissional. Use seu network, se posicione como alguém que está à espera de oportunidades no mercado. Lembre-se, as oportunidades geralmente aparecem para quem está atrás dela. Esqueça o desânimo, levante a cabeça e olhe para o futuro.
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Desemprego: confira dez passos para organizar as finanças se você ficar desempregado
Educador financeiro dá dicas para manter o foco e enfrentar o período
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