Caberá aos deputados Sérgio Turra (PP), Tiago Simon (PMDB) e Jeferson Fernandes (PT) a análise das denúncias de apropriação de salários de assessores que pesam contra o deputado Mário Jardel (PSD). A escolha dos integrantes da subcomissão processante foi feita na tarde desta quinta-feira, durante sessão da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa.
A partir de agora, o colegiado terá um prazo de 10 sessões legislativas (cerca de um mês) para elaborar um novo parecer, propondo arquivamento da denúncia, perda ou suspensão temporária do mandato do deputado. Depois, o texto deverá ser apreciado pela Comissão de Ética e, se aprovado, encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Lá, os parlamentares terão outras cinco sessões para votar o relatório que, se referendado, vai à votação em plenário.
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A surpresa na sessão desta quinta foi a presença de Jardel, que compareceu acompanhado de uma advogada e de assessores. Jardel foi cumprimentado por apenas dois colegas - Ênio Bacci (PDT) e Liziane Bayer (PSB) - e manteve o semblante fechado. Bebeu uma garrafa de água, um cafezinho e passou a maior parte do tempo pensativo ou conversando com a advogada.
Durante uma dessas conversas, o deputado recebeu de um auxiliar documentos que irão embasar sua defesa. A estratégia será afirmar que Jardel havia feito um empréstimo a um dos assessores que fizeram as denúncias ao Ministério Público – por isso o repasse de parte dos salários ao parlamentar.
– É o começo de uma nova etapa. Vamos ver o que vai se desenrolar daqui pra frente. Espero que a Justiça seja feita – limitou-se a comentar o deputado.