O advogado e empresário Roberto Teixeira divulgou nota nesta sexta-feira afirmando que a totalidade do sítio usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Atibaia, São Paulo, foi paga com cheques. O sítio é investigado pela Operação Lava-Jato por suspeita de que empreiteiras envolvidas no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras tenham financiado sua reforma.
A escritura de compra e venda do imóvel diz que R$ 100 mil foram pagos em "boa e corrente moeda nacional". Teixeira, na condição de advogado dos compradores Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios de Luís Cláudio Lula da Silva, o Lulinha, acompanhou a lavra da escritura.
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Segundo o documento, o negócio foi formalizado no escritório de Roberto Teixeira, que é compadre de Lula, no bairro dos Jardins, no dia 29 de novembro de 2010, dois dias antes da eleição da presidente Dilma Rousseff. Ainda segundo a escritura, o negócio havia sido fechado no dia 5 de agosto do mesmo ano, por meio de um Instrumento Particular de Compra e Venda.
Nesta sexta, Teixeira divulgou trecho do documento mostrando que os R$ 100 mil foram pagos por meio de um cheque administrativo do Banco do Brasil. Questionado na quarta-feira sobre a diferença entre o Instrumento Particular e a escritura, Teixeira não se pronunciou.