Duas semanas após ter afundado devido ao temporal que atingiu a Capital, o Cisne Branco segue sem previsão de voltar à ativa. O excesso de peso da embarcação é o que está atrasando uma das últimas etapas do processo de reflutuação. Com 10% de sua estrutura ainda submersa, a fase que encontra dificuldade de ser concluída é a suspensão do barco.
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Segundo a proprietária da embarcação, Adriane Hilbig, as cinco cintas resistentes que foram presas ao casco do barco na última quarta-feira não foram suficientes para elevá-lo. Em reunião na noite de quinta-feira, ficou decidido que novas amarrações serão presas à embarcação.
– O barco está muito pesado para suspendê-lo, então decidimos, por medida de segurança, entrar em contato com uma equipe de mergulhadores que irão fazer mais um reforço nessas amarrações. Ainda não está decidido quantas cintas irão colocar.
Com apoio de mergulhadores, o trabalho nesta sexta-feira foi dedicado ao reforço nas cintas. Neste sábado, deve ter início o processo de retirada da água que está dentro do casco e que torna o barco ainda mais pesado.
O processo para colocar o barco novamente em flutuação começou no dia seguinte à tempestade que atingiu Porto Alegre. Desde então, diversas e delicadas manobras foram realizadas para que o Cisne Branco possa ser retirado da água sem ser danificado.
Histórico do processo
Sábado (30/01) – Planejamento com engenheiro naval, vedação dos tanques de combustível e instalação de boias de advertência e contenção. À tarde, a primeira balsa chegou ao cais.
Domingo (31/01) – Realização de amarrações no barco e na balsa para que fosse iniciado o processo de reflutuação. O barco foi preso para que ficasse aparente na beira do cais.
Segunda-feira (01/02) – Teve continuidade o processo de usar o peso da balsa para puxar o Cisne Branco. As amarrações precisaram ser reforçadas.
Terça-feira (02/02) – Uma quantidade maior de amarrações precisou ser feitapara evitar o rompimento da embarcação. Neste dia foi constatada a necessidade de uma segunda balsa para auxiliar o processo.
Quarta-feira (03/02) – A segunda balsa chegou por volta do meio-dia e a tarde foi dedicada à realização das amarrações para fixar a estrutura ao barco.
Quinta-feira (04/02) – Em várias manobras envolvendo as duas balsas, a embarcação apresentou pequeno avanço, com inclinação de dez graus e ficando com metade da estrutura fora da água.
Sexta-feira (05/02) – Novamente foram feitas manobras delicadas com as balsas. O Cisne Branco encerrou o dia com 50% do casario aparente e inclinação de quase 45 graus.
Sábado (06/02) – Foram feitas manobras delicadas com as balsas para que o barco ficasse mais perto da superfície.
Domingo (07/02) – Foram refeitas algumas amarras e movimentações com as balsas, que deixaram o barco com 80% de sua estrutura para fora da água.
Segunda-feira (08/02) – Foram feitas movimentações com as balsas, que deixaram o barco com 80% de sua estrutura para fora da água.
Terça-feira (09/02) – Foi feita a nivelação das balsas para preparar o processo de retirada de água da embarcação.
Quarta-feira (10/02) – Foram colocadas cinco cintas resistentes para iniciar o processo de suspensão do barco, que já está com 90% da estrutura para fora da água.
Quinta-feira (11/02) – Por medida de segurança, ficou decidido que novas cintas serão presas ao barco para concluir o processo de suspensão da embarcação.
Sexta-feira (12/02) – Trabalho dedicado ao reforço nas cintas que garantirão que o casco fique intacto durante o procedimento de suspensão.