O assassinato de June Cartier Monteiro de Brum Sumino, 32 anos, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, está longe de ser elucidado pela Polícia Civil. O latrocínio (roubo seguido de morte) ocorreu na Rua Felizardo Furtado, na noite do dia 26 de novembro de 2015. Desde então, a delegada Vandi Lemos, da 8ª DP, tenta chegar aos suspeitos por meio de testemunhas, pois as imagens de câmeras de segurança obtidas por ela não serviram para a investigação.
Até agora, nenhuma informação relevante foi levantada, e o inquérito não tem prazo para ser finalizado. Em depoimento após o crime, o companheiro de June, que não teve o nome divulgado, relatou que não houve anúncio de assalto. Ele havia buscado a vítima no trabalho, a pé, junto do cachorro de estimação, uma rotina mantida pelo casal.
A mulher trabalhava no Tecnopuc e morava nas proximidades do parque tecnológico. No caminho para a residência, um suspeito abordou o companheiro de June, e, logo atrás, ela foi atacada por outro criminoso. Em meio à confusão, o homem caiu no chão e ouviu um disparo.
– Realmente não temos pistas. Acho incrível que ninguém tenha visto nada. Falaram em suspeitos do bairro Bom Jesus, mas acredito que, se tivesse sido alguém de lá, a informação teria chegado. Não temos data para fechar esse inquérito – afirma a delegada Vandi Lemos.
O crime foi o estopim para a mobilização (veja no vídeo abaixo) de moradores dos bairros Petrópolis e Jardim Botânico, que três dias depois saíram às ruas vestindo preto e com cartazes para exigir segurança - cerca de 400 pessoas protestaram, de acordo com a Brigada Militar.