O ex-presidente Lula afirmou, em nota divulgada nesta terça-feira, que já desmentiu à Polícia Federal "ilações de delator", referindo-se às denúncias do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Segundo o Instituto Lula, "as questões levantadas pela imprensa com base em delação atribuída a Nestor Cerveró já foram esclarecidas pelo ex-presidente Lula no foro apropriado: um depoimento à Polícia Federal em 16 de dezembro de 2015".
Em delação, Cerveró afirma que Lula lhe deu cargo em estatal por "gratidão", diz jornal
Em delação premiada, Nestor Cerveró disse ter sido indicado para um cargo na BR Distribuidora pelo ex-presidente Lula por "gratidão" e "reconhecimento pela ajuda" na viabilização de uma operação que serviu para quitar um empréstimo de R$ 12 milhões do Grupo Schahin, em outubro 2004, ao pecuarista José Carlos Bumlai - amigo do ex-presidente -, que teria como destinatário final o PT.
Lula presta depoimento à Polícia Federal em Brasília
Lula foi ouvido na PF na condição de informante. O ex-presidente disse que Cerveró foi nomeado diretor da Petrobrás e da BR Distribuidora por indicação de partido da base aliada, sem especificar qual legenda.
"Lula não tem e não teve relação pessoal com o delator, muito menos o sentimento de gratidão subjetivamente atribuído a ele", informa a nota.
Justiça intima Lula como testemunha de lobista preso
Segundo o Instituto Lula, no depoimento à PF, o ex-presidente negou ter tratado com qualquer pessoa sobre supostos empréstimos ao PT ou sobre a contratação de sondas pela Petrobrás, objetos de investigação.
"Esclareceu ainda que fez apenas duas indicações pessoais na Petrobrás: os ex-presidentes José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli. Os demais diretores da estatal e de empresas controladas foram indicados por partidos, como aliás ocorreu e ocorre em outros governos no Brasil e em outras democracias ao redor do mundo", diz.
Leia as últimas notícias do dia
*Estadão Conteúdo