O Ministério do Trabalho e Previdência Social anunciou que o teto previdenciário deverá passar dos atuais R$ 4.663 para R$ 5.203 a partir de janeiro do ano que vem. O valor baliza o desconto do INSS no salário dos trabalhadores, que será maior, elevando a arrecadação.
O reajuste para beneficiários que ganham acima do salário mínimo será calculado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2015, percentual que deve ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) até a segunda semana de janeiro. No entanto, a projeção do Ministério da Fazenda é de que fique em torno de 11,57%. O calendário de pagamento não sofrerá alteração.
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O anúncio sobre a provável mudança no valor máximo destinado a beneficiários ocorreu durante a confirmação do reajuste do salário mínimo, que terá um aumento de 11,6% e será de R$ 880 a partir de 1º de janeiro de 2016. Ou seja, praticamente a mesma projeção do INPC.
Mesmo assim, a notícia desagradou a Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio Grande do Sul (Fetapergs). A entidade entende que o índice de aumento deveria ser maior do que o definido para o mínimo.
- Os que ganham acima do salário mínimo estão sendo massacrados. A cada ano estamos perdendo poder de compra. O aposentado sai perdendo mais uma vez, cada vez mais. Vamos ficar com um reajuste abaixo do mínimo. Continuamos sendo esquecidos. Mas iremos continuar lutando por reajustes igualitários - avalia o presidente da entidade, José Pedro Kuhn. - O teto também não satisfaz. Deveria ser de pelo menos uns R$ 8 mil ou R$ 9 mil - acrescenta.
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Com o aumento do salário mínimo, o governo federal deverá ter R$ 30,2 bilhões a mais de despesa no Orçamento de 2016, sendo que R$ 21,6 bilhões serão usados para cobrir os reajustes da Previdência Social. A maior parte do custo está atrelada aos desembolsos para pagamentos de aposentadoria. Para cada R$ 1 de reajuste sobre o mínimo, a Previdência tem um impacto de R$ 235,1 milhões.
*Zero Hora, com agências