Foi identificado como Matheus da Rosa Dias, o Matheuzinho, 27 anos, o homem executado com diversos disparos dentro de um mercado no Balneário Pinhal, Litoral Norte, no final da tarde de sábado. O crime, ao que tudo indica, foi um acerto de contas que pode ter repercussão nas disputas entre facções criminosas na Região Metropolitana.
Matheuzinho era considerado o líder da facção dos Farrapos enquanto esteve no Presídio Central, até setembro deste ano. Condenado a mais de 18 anos por homicídio, tráfico de drogas, associação ao tráfico e porte ilegal de arma, ele havia sido beneficiado com a progressão de regime, mas chegou a relatar à Vara de Execuções Criminais (VEC) que não poderia voltar às ruas sob o risco de ser morto.
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Quando foi liberado a primeira vez para o regime semiaberto, reapresentou-se ao Presídio Central solicitando a volta ao regime fechado. Foi quando a VEC teria consultado a Susepe sobre a garantir da integridade do detento. O órgão estadual teria respondido que não teria como garantir a vida de Matheuzinho no regime semiaberto. Em setembro, ele acabou beneficiado com a prisão domiciliar.
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Há suspeita de que desde a sua volta às ruas, Matheuzinho tenha cometido pelo menos outros seis homicídios que são investigados pelo Departamento de Homicídios. Temendo represália, ele teria mandado outro homem apresentar-se no seu lugar à Susepe. Por isso, na última terça teve o benefício da prisão domiciliar revogado. Não chegou a voltar à cadeia.
O caso será apurado pela DP de Balneário Pinhal, que ainda não tem suspeitos. Há suspeita de que criminosos ligados à facção dos Bala na Cara o estivessem ameaçando.
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