Um ex-assessor do deputado Mário Jardel (PSD) que denunciou ao Ministério Público parte dos crimes supostamente cometidos no gabinete do parlamentar foi ouvido durante cerca de três horas na Assembleia nesta terça-feira. Ele reforçou ao corregedor Marlon Santos (PDT) a tese de que Jardel exigia parte do salários dos servidores e forjava documentos (prestações de contas de diárias e indenizações veiculares) para se favorecer financeiramente.
– Ele confirmou tudo que disse ao MP, mostrou áudios, falou os nomes de pessoas envolvidas no esquema. Ele não tem muita ligação com partido, era motorista do deputado – conta Marlon.
Guerra de versões desafia corregedoria da Assembleia no Caso Jardel
Segundo a defesa de Jardel, o denunciante seria um dos responsáveis por uma suposta armação para destituir o deputado do cargo. No depoimento, o corregedor disse que confrontou as versões dele e dos advogados do parlamentar.
Segundo ex-chefe de gabinete, R$ 17 mil mensais eram repassados a Jardel
– É difícil formar um conceito. É um caso muito completo. Temos o trabalho que o MP faz, que é respeitável, baseado em investigação, mas também tem muita coisa forjada, que o Ministério Público não viu – explica.
Mais cedo, Marlon solicitou à Secretaria da Segurança Pública uma varredura no gabinete de Jardel. Os técnicos do setor de inteligência do órgão passaram o dia no local e deixaram a Assembleia no início da noite sem encontrar nada. O trabalho será concluído na quarta-feira.
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