Treinados, bem equipados e possivelmente de distintas nacionalidades. É o pouco que se sabe, até agora, a respeito do perfil dos grupos responsáveis pelos ataques terroristas em Paris, que atingiram seis locais e deixaram 129 mortos e 352 feridos na sexta-feira. Conforme o procurador François Molin, os atentados foram realizados de forma coordenada por três equipes. Neste sábado, o grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria dos ataques.
Oito terroristas responsáveis pela carnificina foram mortos, sendo que sete deles detonaram cinturões com explosivos. Quatro morreram na casa de shows Bataclan - um foi abatido pelo polícia -, três nos arredores do Stade de France e um no Boulevard Voltaire, nas proximidades do Bataclan.
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Até agora, apenas um terrorista foi identificado. O homem, um francês de 29 anos, foi um dos responsáveis pelas mortes no Bataclan e se suicidou. Conforme Molins, as autoridades descobriram a identidade a partir de um exame de impressão digital, feito em um dedo encontrado no local.
O nome do francês, que era do subúrbio de Courcouronnes, no sul Paris, não foi divulgado. Ele tinha uma ficha criminal com oito condenações por crimes de menor potencial ofensivo, mas nunca foi preso. Desde 2010, ele estava em uma lista do governo francês com milhares de nomes de suspeitos de "radicalização".
Nos arredores do Stade de France, onde ocorreram três explosões, as forças de segurança locais encontraram com um terrorista um passaporte sírio, de um homem nascido em 1990. Não havia qualquer registro da entrada dele no país. Na tarde de sábado, o governo grego informou que o detentor do passaporte entrou na Grécia como refugiado, junto com um grupo de 69 pessoas.
O nome do dono do passaporte foi mantido sob sigilo, pois o fato de o documento estar com o terrorista não comprova que ambos sejam, de fato, a mesma pessoa, pois o documento poderia ter sido roubado.
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* Zero Hora, com agências