O pai e o irmão de um dos camicases que mataram 89 pessoas na casa de show Le Bataclan, em Paris, foram detidos e seus domicílios estão sendo revistados, informaram fontes ligadas à investigação dos atentados.
AO VIVO: ataques coordenados matam 129 e deixam mais de 350 feridos em Paris
Autoridades identificam as primeiras vítimas dos atentados em Paris
As operações acontecem na casa do pai do terrorista francês de 29 anos em Romilly-sur-Seine, no centro-leste, e de seu irmão em Bondoufle, na região parisiense.
O irmão do terrorista, de 34 anos, se apresentou à polícia de Créteil (perto de Paris) antes de ser detido, segundo a fonte.
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Brasileiros feridos durante atentados estão fora de perigo
Atentados em Paris
Mais de cem pessoas morreram na noite desta sexta-feira, em Paris, na França, após uma série de ataques terroristas em diversos locais da capital francesa. Tiroteios e explosões ocorreram de maneira coordenada em pelo menos seis lugares, segundo o jornal Le Monde, que cita uma fonte judicial: no Boulevard Voltaire, em frente ao bar La Belle, Bataclan, na Rua de la Fontaine, no bar Carillon e no Stade de France. Pelo menos cinco terroristas foram "neutralizados" à noite. A informação foi anunciada por François Molins, procurador de Paris.
Logo após os ataques, o Itamaraty confirmou dois brasileiros entre os feridos nos atentados. Parisienses descrevem como "estado de guerra" a situação da capital francesa no momento, alertando para um possível crescimento da onda xenófoba, ultranacionalista e de extrema direita no país, que está a três semanas das eleições regionais.
O presidente francês, François Hollande, decretou estado de emergência e fechou as fronteiras do país. Moradores são aconselhados a não deixarem suas casas. Todos os locais públicos, como escolas, museus e bibliotecas, permanecerão fechados neste sábado em Paris. O presidente pediu confiança à população francesa e garantiu que as autoridades do país devem ser "duras e serenas" para "vencer os terroristas".
O presidente norte-americano Barack Obama também se pronunciou após os ataques, garantindo apoio à França e descrevendo as ações como "ataques contra a humanidade". Pelo Twitter, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff,se disse "consternada pela barbárie terrorista" e expressou seu "repúdio à violência" e "solidariedade ao povo francês".
* AFP