Quatro pessoas morreram, e outras dez ficaram feridas no Congo, nesta terça-feira, durante confrontos entre policiais e manifestantes contrários ao referendo constitucional de domingo - informou o ministro congolês do Interior, Raymond Mboulou.
"O balanço provisório dessa revolta organizada e coordenada chega a quatro mortos, sendo três em Brazzaville e um em Pointe-Noire [ao sul], sete feridos internados em hospitais de Brazzaville e três elementos da força pública gravemente feridos", declarou o ministro Mboulou à televisão pública.
A violência explodiu após o anúncio da proibição de uma manifestação contra o referendo, convocada pela oposição.
As lojas, escolas e órgãos públicos da capital Brazzaville fecharam, mas vários jovens desafiaram a proibição e ocuparam as ruas em diversos bairros. A polícia atirou em várias ocasiões.
Desde o anúncio do referendo, no início de outubro, duas coalizões opositoras denunciam a consulta como um "golpe de Estado constitucional".
O referendo decidirá sobre uma nova Constituição, que se aprovada permitirá a eleição do presidente Denis Sassou Nguesso para um terceiro mandato, em 2016.
Sassou, 72 anos, que dirigiu o Congo na época do partido único, entre 1979 e as eleições pluralistas de 1992, voltou ao poder em 1997, após uma guerra civil, e foi eleito presidente em 2002 e 2009.
* AFP