A ex-governadora Yeda Crusius conseguiu mais uma reviravolta na ação de improbidade administrativa que tramita contra ela na Justiça Federal de Santa Maria.
A defesa de Yeda obteve decisão favorável do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) afim de que a ação seja suspensa até que outros recursos sejam julgados em Brasília.
Em abril, o TRF4 decidiu que Yeda podia seguir sendo ré na ação de improbidade decorrente da fraude do Detran, investigada pela Operação Rodin. A defesa de Yeda vem lutando desde 2009 para anular essa ação.
Contra a decisão de abril, o advogado dela, Fábio Medina Osório, ingressou com Recurso Especial e Extraordinário em agosto de 2015. Como os recursos não têm efeito suspensivo, a ação de improbidade seguiu tramitando em Santa Maria.
Para estancar o processo de improbidade, a defesa apresentou uma ação cautelar junto à vice-presidência do TRF4, requerendo que os recursos tivessem o efeito suspensivo.
Na terça-feira, o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, vice-presidente do tribunal, deferiu a medida cautelar pleiteada. Na decisão, o desembargador escreveu: "no que pertine ao periculum in mora, tenho que a demora poderá causar prejuízos não somente aos direitos políticos da requerente, mas também de ordem moral e individual, com possível violação ao princípio da dignidade, acarretando grave dano ou de difícil reparação."
TRF4 anula decisão que tornou ex-governadora ré por improbidade
Com isso, a ação em relação à Yeda fica parada até o julgamento dos recursos da defesa pelo Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça.
_ Yeda foi vítima da maior calúnia política da história do Rio Grande do Sul e vem sendo sistematicamente perseguida. Fizeram uma devassa em sua vida e não encontraram nada, tanto que os fatos foram todos arquivados na esfera criminal. Esta ação de improbidade é um absurdo _ disse Medina Osório.