A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) na Operação Lava Jato é uma das finalistas no prêmio anual da Global Investigations Review (GIR), site de notícias que tem se firmado no cenário internacional como um dos principais canais sobre investigações contra a corrupção. A cerimônia de revelação dos ganhadores e entrega do prêmio será realizada nesta quinta-feira, no Hotel Conrad, em Nova York. Três procuradores da força-tarefa estarão lá. O objetivo do prêmio é celebrar os investigadores e as práticas de combate à corrupção que mais impressionaram no último ano. São seis categorias, que premiam práticas investigatórias respeitadas e admiradas em todo o mundo. A força-tarefa do MPF foi indicada na categoria "órgão de persecução criminal ou membro do Ministério Público do ano". Os procuradores Deltan Martinazzo Dallagnol, Carlos Fernando dos Santos Lima e Roberson Henrique Pozzobon viajaram para representar a força-tarefa na cerimônia em Nova Iorque, "sem ônus para o MPF", ressalta Dallagnol. Ele acha que a indicação para um prêmio internacional releva o trabalho de "investigação de excelência" que vem sendo feito não só pelo Ministério Público Federal, mas por uma grande equipe que trabalha de modo integrado e engloba também Polícia Federal, Receita Federal, Tribunal de Contas da União, Conselho Administrativo de Defesa Econômica e outros órgãos públicos. O procurador tem dito, em palestras, que "a punição atual, no país, é uma piada de mau gosto". _ Não é o caso de comemorar a corrupção, mas de poder descobrir e buscar a justa e proporcional punição dos fatos. Não podemos esquecer que se trata de um caso em andamento e, para garantir sua efetividade, precisamos de uma reforma na legislação, a qual foi proposta por meio das 10 medidas contra a corrupção, que a sociedade tem abraçado, fazendo sua parte no combate à corrupção - resume Dallagnol.
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