Além de ser atingido por pelo menos dez tiros de pistola, o fotógrafo Gustavo Gargioni, 22 anos, foi espancado brutalmente antes de morrer entre a noite de segunda-feira e a madrugada de terça em Canoas, na Região Metropolitana. Segundo o delegado Marco Antônio Guns, que investiga o homicídio, as características do assassinato apontam para um crime passional, em que o ódio e a vingança são os elementos motivadores:
Corpo de fotógrafo assassinado é enterrado em Canoas
Perfil: fotógrafo sonhava empreender com irmão gêmeo
- Uma das nossas convicções é que, pelo intenso sofrimento que a vítima passou, não se trata de uma briga de bar. A experiência mostra que é uma agressividade característica de algum envolvimento amoroso. O corpo está nos dizendo isso. A linha que trabalhamos é que o homicídio tem a ver com raiva, um ódio muito grande, que via de regra vem do tráfico, o que não cabe nesse caso, ou da passionalidade - afirma Guns.
Segundo ele, o fotógrafo não foi ferido por armas brancas e tinha lesões de diversos "instrumentos contundentes". Para chegar até os suspeitos, ainda não identificados, a polícia começou a ouvir testemunhas - mais de 20 até o momento - e fará a reconstituição dos últimos passos dele.
Gustavo Gargioni teria sido levado por homens armados quando saiu de uma academia de musculação no bairro Igara, na noite de segunda-feira. O corpo foi encontrado próximo à Praia de Paquetá e o telefone celular e documento de identificação haviam sido levados. Câmeras de segurança próximas à academia vão auxiliar nas investigações.
O velório de Gustavo teve início às 23h de terça-feira no Cemitério São Vicente, em Canoas. O jovem, que trabalhou na equipe de Comunicação Social do Palácio Piratini até o ano passado, foi enterrado na tarde desta quarta-feira.
* Zero Hora