Em dias frios, pode até não dar vontade de beber água, mas o organismo continua precisando do líquido. O clínico geral Álvaro Federighi explica por que a bebida não parece tão irresistível agora como no verão:
- É uma condição comum porque a transpiração diminui e, como efeito, a sede praticamente desaparece para muitas pessoas. A consequência é a redução do consumo de água que, muitas vezes, passa despercebido no dia a dia. É preciso tomar cuidado porque o excesso de agasalhos faz o corpo transpirar de forma pouco perceptível.
Por isso, não dá para se esquecer de sempre encher a garrafinha de água e continuar bebendo os 2 litros recomendados por dia.
A falta de água no organismo causa problemas que vão de questões estéticas, como ressecamento da pele e dos cabelos, a sérias complicações na saúde, entre elas, doenças respiratórias e comprometimento do sistema renal.
- Sem água na quantidade certa, cresce a predisposição a infecções respiratórias, pois no inverno as vias aéreas ressecam por causa do ar pouco úmido. A ingestão de água ajuda a hidratar e minimizar este tipo de problema - diz o especialista.
Acontece que o corpo tem um mecanismo para regular a temperatura do ar que chega aos pulmões. Quando o clima está frio, esse sistema estimula a produção de secreção mucosa, responsável por diminuir a velocidade de entrada do ar no corpo e fazer chegá-lo aquecido aos órgãos de destino:
- Em caso de desidratação, a secreção vai ficar viscosa, quando o ideal é estar fluída para facilitar a expectoração e ajudar no processo respiratório. Quanto ao sistema renal, a água é fundamental para a limpeza das vias urinárias e para manter o bom funcionamento dos rins.