Praticamente ao mesmo tempo que a Casa Branca anunciava o enésimo plano de fechar a prisão militar de Guantánamo, o presidente da Câmara de Representantes, John Boehner, tuitava nesta quarta-feira uma bateria de números que parecem contradizer a ideia. Pesquisa do instituto Gallup de junho do ano passado indicou que 66% dos americanos se opõem ao fechamento da instalação. Segundo o instituto Rasmussen, um mês antes, 54% dos entrevistados discordam da medida prometida pelo presidente Barack Obama.
Casa Branca agiliza plano para fechar prisão de Guantánamo
Embora a prisão situada na ilha de Cuba tenha se tornado com o passar dos anos uma fonte de dissabores para Obama e seu antecessor, George W. Bush, o governo americano tinha optado por um fechamento gradativo. Muitos dos prisioneiros foram devolvidos a seus países de origem, e até mesmo o ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica concordou em dar sua parcela de contribuição ao receber uma leva de ex-detentos em Montevidéu.
Se a desativação da instalação militar é impopular entre os americanos, porém, sua manutenção é inaceitável para o regime cubano, com o qual Washington ensaia uma reaproximação. É provável que novidades sobre o assunto venham a público durante a visita do secretário de Estado, John Kerry, a Havana em 14 de agosto - ou até mesmo antes.
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Luiz Antônio Araujo
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