O cenário estava montado para que, finalmente, o impasse surgido com a moratória grega de 30 de junho terminasse com a vitória total dos credores. Depois de um impasse de cinco meses nas negociações entre o governo de Alexis Tsipras e os representantes da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional e de um plebiscito no qual 61% dos eleitores helênicos respaldaram a posição de seu primeiro-ministro, Atenas aceitou praticamente todos os termos ditados por Bruxelas e Berlim. Até mesmo o ministro das Finanças que simbolizara a política antiausteridade, Yanis Varoufakis, pediu o capacete e se retirou de cena, sendo substituído pelo menos carismático Euclid Tsakalotos. Até mesmo o parlamento, onde Tsipras conta com uma estreita maioria entre os 300 deputados, chancelou a capitulação.
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Luiz Antonio Araujo: derrubar o governo grego em nome de quê?
A cúpula dos chefes de governo da zona do euro mostrou que não é apenas a rendição que se quer da Grécia