Por três horas, o abastecimento de caminhões-tanque na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, foi barrado na manhã desta sexta-feira. Liderado por sindicalistas, o bloqueio integra um ato nacional contra o novo plano de Gestão e Negócios da Petrobras.
Mais de 30 veículos aguardavam no pátio da empresa, às margens da BR-116. Por volta das 9h, os caminhões começaram a se deslocar para o carregamento, reestabelecido uma hora depois.
- Três horas sem carregamento gera um atraso no abastecimento dos postos de combustíveis de todo o Estado e também do sul e oeste de Santa Catarina - disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Minérios e Derivados do Petróleo do Rio Grande do Sul (Sintramico-RS), Angelo Martins.
Ele ressalta que o objetivo "não é prejudicar a população" e, por isso, o ato não se estenderá durante todo o dia. Também participam da mobilização em Canoas integrantes do Sindicato dos Petroleiros do Estado (Sindipetro), concentrados em um piquete em frente ao acesso principal da Refap.
O acesso não está bloqueado pelos manifestantes. Conforme o presidente do Sindipetro, Fernando Maia, a ideia é explicar as reivindicações aos funcionários. Cerca de 40 pessoas se agrupavam no local por volta das 9h30min. O ato, que começou às 23h30min de quinta-feira, se estende até a meia-noite.
- O movimento vai se intensificar dependendo da resposta da Petrobras e não descartamos uma greve geral - afirmou Maia.
A mobilização é descrita pela categoria como um alerta para um ato maior contra os cortes de investimentos e propostas de mudanças no marco regulatório do pré-sal. No Rio Grande do Sul, o protesto também acontece em Rio Grande.