Para tentar contornar um problema que está afetando o tratamento dos sobreviventes do incêndio na boate Kiss, a Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) buscou uma alternativa. A entidade lançou uma campanha para que farmácias adotem os sobreviventes e forneçam a eles os remédios de que precisam.
Sobreviventes do incêndio na boate Kiss reclamam de falta de medicamentos pelo SUS
É que muitos pacientes não recebem, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os medicamentos receitados. Sem dinheiro para pagar pelos remédios, acabam interrompendo os tratamentos.
Encontro define propostas de melhoria ao atendimento de sobreviventes da Kiss
Integrantes da entidade já visitaram cerca de 20 estabelecimentos na área central. Outros locais serão visitados nos próximos dias. Para ajudar vale ser farmácia de grandes ou pequenas redes ou empresas de Santa Maria. O importante é contribuir.
A campanha funciona assim: a AVTSM é a intermediadora. Um representante da entidade faz contato com a farmácia, pessoalmente e por meio de ofício, explica a ideia e aguarda um retorno. Se a farmácia aceitar participar, a AVTSM encaminha um dos cerca de 20 sobreviventes cadastrados até o estabelecimento. Aí segue o procedimento como em qualquer compra de medicamento. O paciente apresenta a receita e a farmácia fornece. Só que, neste caso, gratuitamente.
A ideia é que a campanha tenha a duração de três meses, período no qual a AVTSM acredita que o Estado passe a fornecer os medicamentos aos sobreviventes da tragédia.
Tragédia em Santa Maria
Associação pede que farmácias adotem sobreviventes em tratamento
Se aceitarem, estabelecimentos podem fornecer medicamentos que os pacientes não estão recebendo pelo SUS
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