Logo depois do meio-dia desta quarta-feira, o Ministério Público Federal se manifestou favorável à conversão da prisão temporária de Alexandrino de Alencar em preventiva, sem prazo para libertação.
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Alexandrino era executivo da Odebrecht até esta terça-feira, quando pediu afastamento das funções na empresa para se dedicar integralmente à sua defesa. Ele está preso desde sexta-feira em Curitiba, na superintendência da Polícia Federal, por suspeita de ser um representante da Odebrecht no cartel de empreiteiras que faziam pagamentos de propina e colocavam sobrepreço em obras na Petrobras.
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A prisão temporária de Alexandrino, de cinco dias, venceu na terça-feira. O juiz Sérgio Moro, inicialmente, prorrogou por apenas um dia a detenção. E deu prazo para que a manifestação do MPF ocorresse dentro desse período. Como o órgão pediu pela conversão em prisão preventiva, caberá agora a Moro decidir se mantém Alexandrino detido ou se o liberta.
Na representação, o MPF afirma que Alexandrino "atuava de modo a obter pleno controle das operações realizadas pela Odebrecht, recebendo de (Alberto) Youssef as informações relativas às contas que receberiam os valores e devolvendo os swifts comprovando as transferências".
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A argumentação é de que, mesmo que tenha se afastado das suas funções na Odebrecht, o executivo continua em condições de "interferir na prova".
"Vistos os fatos desta forma, tem-se que a prisão preventiva de Alexandrino se justifica totalmente, pois tem amplo conhecimento das contas bancárias situadas no exterior e que eram empregadas no esquema criminoso, possuindo também plenas condições de ocultar não só os valores remetidos para fora do território nacional, como principalmente as evidências probatórias de tais condutas", diz a representação do MPF, assinada por quatro dos nove procuradores que atuam na força-tarefa do órgão na operação Lava-Jato.
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