É aguardada, para a manhã desta terça-feira, uma posição do deputado estadual Miguel Bianchini (PPL) sobre a declaração em que ele afirma ser prática recorrente entre os parlamentares o recebimento de parte dos salários dos seus assessores e que teria sido pressionado a fazer o mesmo, mas que jamais o fará.
A declaração do deputado será o tema de uma reunião entre o presidente da Casa, Edson Brum (PMDB), e o Colegiado de Líderes da Assembleia, que reúne 15 parlamentares. Os colegas esperam de Bianchini uma retratação formal ou que ele apresente um documento que aponte ou prove alguma denúncia de extorsão. Em caso de a posição de Bianchini não for satisfatória, ele pode responder a processo na Comissão de Ética da Casa.
_ Eu não tô aqui acusando ninguém, mas aqui é prática corriqueira, sistemática de tu usar essa estrutura para a próxima eleição. Imagina eu com 27 assessores trabalhando pra me reeleger em 2018, eu não saio mais de lá. (...) Isso é uma prática normal. Se vier algum político dizer que isso aí não existe é mentira, existe. Eu fui aconselhado, quando estava indo para a Assembleia, a adotar essas práticas, de formar um fundo de campanha e montar um gabinete político. Eu disse que não montaria, não faria isso _ disse o parlamentar, em entrevista a uma rádio de Santiago.
Bianchini afirmou que é comum os deputados cobrarem parte dos salários de assessores para fazer um "caixa" para ser utilizado na campanha eleitoral.
Porém, na última sexta-feira, o parlamentar conversou com o "Diário" e disse que não faria mais comentários sobre o tema. Ele ainda acrescentou que as frases teriam sido editadas e usadas fora de contexto.