A Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) confirmou a morte em um ataque de drone de seu líder, Naser al-Wahishi, em um vídeo divulgado nesta terça-feira, e anunciou que ele será substituído pelo comandante militar do grupo, Qasem al-Rimi.
Os Estados Unidos também confirmaram a notícia e afirmaram que se trata de um duro golpe para a Al-Qaeda e sua facção na região.
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- A morte de Al-Wahishi elimina do campo de batalha um experiente líder terrorista e nos deixa mais próximos de enfraquecer e, em última instância, de derrotar a esses grupos - afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Ned Price.
Wahishi, considerado o número dois da Al-Qaeda, "morreu em um ataque de drone americano, ao lado de outros dois mujahedines", afirma um integrante da Al-Qaeda em um vídeo publicado no YouTube pelo Al-Malahem, o serviço de propaganda do grupo jihadista.
A morte de Al-Wahishi foi mencionada também por vários meios de comunicação.
O chefe militar da AQPA, Qasim al-Rimi, foi anunciado como o novo líder em uma reunião dos principais dirigentes do grupo, segundo a mesma fonte.
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A AQPA nasceu da fusão dos grupos Al-Qaeda do Iêmen e da Arábia Saudita. O governo dos Estados Unidos a considera o braço mais perigoso da Al-Qaeda. Muitos integrantes do grupo morreram em ataques de drones americanos nos últimos anos.
A morte de Naser al-Wahishi, cujo grupo reivindicou o atentado contra a redação do Charlie Hebdo em Paris em janeiro, havia sido anunciada pela imprensa internacional. De acordo com o canal CNN, que citou duas fontes do Departamento de Segurança Nacional do Iêmen, Naser al-Wahishi morreu no dia 12 de junho na região de Hadramut, ao leste de Áden.
Em 2013 ele foi designado adjunto do líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri. Uma fonte iemenita afirmou à AFP que Wahishi provavelmente morreu em um ataque em Mukalla, na região sudeste do Iêmen, e que o corpo estaria em um necrotério local, protegido por rígidas medidas de segurança.
Em maio, um importante dirigente da AQPA, Naser al-Ansi, morreu em outro ataque de drone americano.
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As forças dos Estados Unidos são as únicas na região a dispor de drones. Wahishi, um dos estrategistas da AQPA, apareceu em vários vídeos do grupo. Em um deles, divulgado em 14 de janeiro, reivindicou o ataque à redação da revista de humor Charlie-Hebdo para "vingar" Maomé, objeto de caricaturas em várias ocasiões pelos chargistas da publicação satírica. O ataque, executado pelos irmãos Kouachi, matou vários desenhistas e jornalistas da revista.
Em abril, a Al-Qaeda anunciou a morte de um de seus ideólogos, Ibrahim al-Rubaish, também assassinado por um drone americano. O saudita era conhecido pelos discursos hostis ao Ocidente, particularmente contra Estados Unidos e França. Nos últimos anos, desde 2011, a AQPA aproveitou a fragilidade do poder central consecutivo à insurreição popular que forçou a renúncia do presidente Ali Abdallah Saleh, para reforçar sua presença no Iêmen.
Em abril, as forças da AQPA, favorecidas pela guerra entre os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, e os partidários do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, tomaram o controle da cidade de Mukalla.
A AQPA não participa nas consultas sobre o Iêmen patrocinadas pela ONU, que acontecem atualmente em Genebra.
*AFP
Terrorismo
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