Em assembleia na tarde desta quarta-feira, os professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) decidiram que não irão fazer greve. Os educadores ligados à Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm) estiveram reunidos no anfiteatro C (do prédio 17) da UFSM para tratar da pauta.
Após mais de duas horas de reunião, os professores decidiram, no momento, por não dar corpo a um movimento grevista. Em votação, 189 professores disseram "não" à greve e apenas 57 se mostraram favoráveis à interrupção das atividades. O professor Humberto Gabbi Zanatta, vice-presidente da Sedufsm, acredita que a decisão pode ser revertida futuramente:
- Esses que falaram "não" à greve disseram que, neste momento, a greve não é o caminho. Isso não quer dizer que, logo ali na frente, não tenhamos um cenário de greve. Já aqueles que decidiram por greve foram, no momento, voto vencido. Mas decisão de assembleia deve ser respeitada.
Puderam votar os professores do campus da UFSM e dos campi de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões. Agora, a Sedufsm formou a Comissão de Mobilização Permanente que terá por função ouvir, no decorrer do mês de junho, os professores do campus de Santa Maria e demais campi. Para o próximo mês, os docentes da Sedufsm irão realizar uma nova assembleia quando, então, colocarão em votação a adesão ou não à greve.
Funcionários param na quinta-feira
Antes mesmo de os professores decidirem pela não adesão à greve, outra categoria já havia se manifestado favorável à interrupção das atividades na Federal. No último dia 21, os servidores técnico-administrativos em Educação decidiram por aprovar o começo da greve para esta quinta-feira. Na prática, a partir de quinta sofrerão interrupção as atividades na Biblioteca Central e também em bibliotecas de outros cursos. O Restaurante Universitário, que conta com mais de uma unidade, também deve ser fechado. A greve também deve retardar atividades laboratoriais e o funcionamento das secretarias de cursos.