A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira, a Operação Pavlova, para combater crimes financeiros cometidos em prejuízo a instituições que atuam no mercado de seguros, capitalização e previdência no Rio Grande do Sul.
A Justiça decretou cinco ordens de condução coercitiva para que quatro empresários e um advogado suspeitos de envolvimento no esquema prestem esclarecimentos. Além disso, são cumpridos 10 mandados de busca e apreensão - oito em Porto Alegre e dois em Marau, no norte gaúcho.
Na casa de dois suspeitos, na Capital, a PF apreendeu três veículos: um Porsche Boxter S, um Audi A5 e um Lexus LS460L.
A investigação apura gestão fraudulenta e desvio de recursos das companhias em benefício dos próprios dirigentes e lavagem de dinheiro, além do crime de quadrilha ou bando. A operação de hoje, com a participação de 60 agentes, busca provas que corroborem com indícios já colhidos na investigação e o bloqueio de bens e valores dos ex-dirigentes das instituições e de empresas vinculadas a eles.
A PF investiga o caso desde 2011. As empresas em que os suspeitos trabalharam sofreram processo de liquidação extrajudicial. Em duas instituições lesadas, o modo de agir do grupo foi similar, o que demonstra, segundo a polícia, a intenção de continuidade da fraude. Os envolvidos responderão por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, entre outros.
A Operação leva este nome em referência à bailarina russa Ana Pavlova, pois no início das investigações uma bailarina figurou como investigada. À tarde, a PF concederá entrevista coletiva, quando dará mais informações.
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