A Faculdade da Serra Gaúcha (FSG) recebeu aprovação da Comissão do Ministério da Educação para ser transformada em Centro Universitário. De acordo com o relatório, a instituição atende a todos os requisitos e obteve conceito final 4 (sobre nota máxima 5), considerado muito bom. Com a mudança, a faculdade ganha mais autonomia, podendo criar e extinguir cursos.
Os três avaliadores, que visitaram a faculdade entre 7 e 11 de abril, analisaram mais de 120 itens em todos os setores da FSG, distribuídos em cinco eixos: Infraestrutura Física, Desenvolvimento Institucional, Políticas de Gestão, Políticas Acadêmicas e Planejamento Institucional.
Agora, o relatório será enviado pela Comissão Avaliadora ao Conselho Nacional de Educação. A FSG aguarda para os próximos meses a publicação no Diário Oficial da União da autorização para transformação em Centro Universitário da Serra Gaúcha, processo iniciado em 2013.
- A Comissão do MEC pôde comprovar, com fortes evidências, que já apresentamos todas as características de um contexto universitário, de pesquisa, extensão, ensino de qualidade e inserção regional. Os avaliadores relataram que, além de termos uma excelente estrutura física, conseguimos consolidar um modelo de ensino inovador, aliado a uma gestão administrativa e acadêmica de excelência - afirma o superintendente e reitor da FSG, Adriano Pistore.
A comissão avaliadora do MEC concedeu nota máxima à FSG em diversos quesitos, como salas de aula, laboratórios, evolução institucional, gestão, políticas de extensão. Também receberam nota máxima ou muito boa as instalações de atendimento aos alunos, instalações administrativas, estrutura e espaços da Biblioteca, salas dos professores, da Comissão Própria de Avaliação, bem como dos auditórios, gestão, sustentabilidade financeira.
A FSG foi fundada em 1999. Atualmente oferece 18 cursos de graduação e tem aproximadamente 7 mil alunos. É reconhecida por sua excelência acadêmica, tendo a maior parte dos seus cursos conceitos 4 de 5 nas avaliações do Ministério da Educação.
Centros universitários têm autonomia para criar cursos
Hoje o MEC reconhece três tipos de instituições de ensino superior: faculdades, centros universitários e universidades. De início, todas são credenciadas como faculdades.
As faculdades não têm obrigatoriedade na produção de pesquisas científicas em diferentes áreas e podem ter um menor número de professores com titulação de mestres e doutores. A FSG já produz pesquisa em todas as áreas em que atua e tem 70% de seus professores com mestrado e doutorado, enquanto o exigido pelo MEC, para centro universitário, é de que pelo menos um terço.
Mantendo funcionamento regular dos cursos e alcançando um padrão satisfatório de qualidade, as faculdades podem adquirir mais autonomia solicitando credenciamento como centro universitário. Estes podem abranger uma ou mais áreas do conhecimento, por serem pluricurriculares. Eles têm autonomia para criar, organizar e extinguir cursos e programas de educação superior.
Já as universidades, nível mais alto de credenciamento no MEC, trabalham ensino, pesquisa e extensão em conjunto, atuando na formação de profissionais de nível superior, de pesquisa e extensão. Pelo menos um terço do corpo docente deve ter mestrado ou doutorado e contrato em regime de tempo integral.
