O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, aceitou ser interrogado em Londres sobre as supostas acusações de crimes sexuais cometidas contra duas mulheres, em agosto de 2010. A informação foi confirmada por seu advogado, Thomas Olsson.
Assange é criador do site de vazamentos de informações WikiLeaks.
Olsson afirmou que o sueco concordou em ser interrogado na capital britânica, onde está exilado na embaixada do Equador, desde 2012. Em março deste ano, o Ministério Público da Suécia já havia apresentado a proposta à Assange.
- Enviamos quinta-feira uma confirmação para os procuradores de que Julian Assange assume o compromisso de ser interrogado em Londres - disse o advogado à AFP. Ele ainda ressaltou que o fundador do WikiLeaks não fez nenhuma exigência sobre o interrogatório.
Assange está confinado num quarto da embaixada equatoriana, que foi transformado em escritório. Ali ele recebe visitas e também se comunica virtualmente com o mundo, via teleconferência. Não pode deixar o lugar porque tem contra si ameaça de prisão, referente aos casos de assédio. Desde o quarto Assange prepara o livro Quando o Google Encontrou o WikiLeaks, sobre encontro que teve o presidente executivo do Google, Eric Schmidt, em 2011, na Grã-Bretanha. O fundador do WikiLeaks acredita que o Google se tornou uma espécie de agência internacional de espionagem, vigiando o ciberespaço a serviço do governo americano.
Da escadaria da Catedral de St. Paul, em Londres, Assange fala a manifestantes que protestam contra corporações financeiras, em outubro de 2011 (Foto: LEON NEAL, AFP, BD, 15/10/2011)
Na representação do Equador, em Londres, Assange denuncia a "caça às bruxas" do presidente Barack Obama contra o WikiLeaks, em agosto de 2012 (Foto: CARL COURT, AFP, BD, 19/08/2012)