O inventário realizado na farmácia da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), com sede em Santa Maria, já foi concluído. O objetivo do novo diretor da Assistência Farmacêutica, o delegado adjunto da coordenadoria, Moacir da Rosa Alves, é acabar com a "judicialização" dos pedidos de medicamentos, uma prática, segundo ele, comum na gestão anterior e que gerou um suposto esquema de fraude na compra dos remédios concedidos por vias judiciais, conforme aponta investigação da Polícia Federal na Operação Medicaro.
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- Ontem, encaminhamos tudo o que estava parado para a Secretaria de Saúde do Estado. Havia processos em que as pessoas achavam que estavam lá, mas nunca foram nem enviados - garante Alves, explicando que, agora, os processos serão encaminhados da Justiça Federal diretamente para a Secretaria Estadual de Saúde, sem passar pela 4ª CRS.
Em relação ao servidor Luiz Antônio Dal Forno Pedroso, que chegou a ser preso por suspeita de envolvimento na fraude investigada na Operação Medicaro, uma determinação judicial da 3ª Vara da Justiça Federal impede que o funcionário entre na sede da coordenadoria, na Rua André Marques, até o fim das investigações. O ofício, entretanto, não impede que o servidor atue na outra unidade, que fica na Rua Duque de Caxias, junto ao prédio da Fadisma. De acordo com o novo diretor, Pedroso, possivelmente, deve ser transferido para essa unidade. Moacir Alves não soube informar se o servidor continua recebendo salário.
- A única coisa que posso afirmar é que ele terá todos os direitos do Estatuto do Servidor Público garantidos - declarou.
O advogado de defesa do suspeito afirmou que Pedroso segue em Santa Maria com a família, à disposição da Justiça, mas não soube informar se ele retornará ao trabalho em breve.
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O funcionário público deixou a Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm) na madrugada do último domingo. Ele estava preso desde o dia 26 de março, quando a segunda fase da operação Medicaro foi deflagrada.
Ontem, um funcionário da Secretaria Estadual de Saúde esteve na sede da 4ª CRS realizando uma atividade motivacional. Nos próximos dias, será aberto um processo administrativo contra o servidor suspeito da fraude e uma sindicância interna para apurar o caso.