A prisão em flagrante do universitário de Santa Maria Matias Ferraz, suspeito de extorsão e pedofilia, está relacionada a um programa de computador que dá acesso a informações das vítimas.
A reportagem do "Diário" conversou com o professor do curso de Sistemas da Informação do Centro Universitário Franciscano Henrique Pereira para esclarecer como funciona esse programa.
Segundo o professor, de acordo com o que foi divulgado pela polícia, o programa utilizado pelo suspeito seria um Cavalo de Tróia.
- Uma vez instalado no computador, o hacker tem acesso a uma infinidade de arquivos - explica o professor.
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Segundo Pereira, há diversos tipos desse programas, dos mais simples aos mais complexos. Em comum, está o fato de eles serem executáveis. Isto é, para rodar, além de clicar no link, o usuário deve executar a instalação.
- Nos navegadores modernos, não basta clicar no link. É necessário autorizar a instalação do programa. Portanto, são dois trabalhos de convencimento: o de clicar e o instalar - comenta o professor.
Os "trojans", como os Cavalos de Tróia são chamados em inglês, podem ser encontrados em versões gratuitas ou pagas. As versões de graça tendem a ser facilmente identificadas por antivírus.
- Daí a importância de manter o sistema operacional e o antivírus atualizado - salienta Pereira.
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Mesmo que o programa consiga burlar as defesas do computador, há dois sinais sintomáticos de uma máquina que está sendo monitorada: o computador apresenta maior lentidão, trava em alguns casos e, quase sempre, não aceita os comandos.
- Um dos sinais, por exemplo, é quando ao digitar uma palavra com acento ela aparece sem - explica sem o professor.
Dicas de segurança:
- Mantenha o sistema operacional e o antivírus atualizado
- Desconfie dos arquivos executáveis. Somente instale programas que você conhece, ou enviado por pessoas que você confie