As principais organizações muçulmanas da França apelaram, nesta terça-feira, um dia antes da publicação do jornal satírico Charlie Hebdo depois do ataque terrorista ao jornal, para que a comunidade muçulmana mantenha a calma.
A edição desta quarta terá, na capa, uma caricatura do profeta Maomé segurando um cartaz com a inscrição Je suis Charlie (Eu sou Charlie) e com o título: Tout est pardonné (Tudo está perdoado).
Autoridade muçulmana denuncia caricatura de Maomé na Charlie Hebdo
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O Conselho Francês do Culto Muçulmano e a União das Organizações Islâmicas da França divulgaram um comunicado conjunto em que pedem à comunidade muçulmana que "mantenha a calma e evite reações emotivas que sejam incompatíveis com a sua dignidade" e que dê mostras de "respeito pela liberdade de expressão".
Muitos muçulmanos consideram ofensiva a publicação de desenhos ou caricaturas de Maomé, já que os princípios islâmicos proíbem a representação humana do profeta.
Os atentados começaram com um ataque ao Charlie Hebdo. Depois de dois dias em fuga, os autores do ataque, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, foram mortos na sexta-feira, por forças de elite francesas, em Dammartin-en-Goële, nos arredores de Paris.
Na última quinta-feira, foi morta uma agente da polícia municipal, no sul de Paris. A polícia estabeleceu uma ligação entre os dois jihadistas suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo e o assassino da policial.
* Agência Brasil