Apontado pela presidente Cristina Kirchner como um dos mistérios em torno da morte de Alberto Nisman, o retorno do procurador à Argentina em 12 de janeiro não teve nada de obscuro. Segundo a mandatária, Nisman teria interrompido férias com a família na Europa e voltado às pressas, deixando a filha de 15 anos sozinha à espera da mãe em um aeroporto de Baleares.
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Passada mais de uma semana da publicação da carta, a imprensa argentina apurou que o bilhete de retorno foi adquirido pelo procurador em dezembro, em uma indicação de que a volta no dia 12 estava em seus planos.
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Dois testemunhos - do técnico em informática Diego Lagomarsino, que emprestou a pistola encontrada junto ao corpo de Nisman, e do policial Rubén Benítez, um dos encarregados de sua segurança - sugerem que o procurador temia por sua segurança e poderia ter solicitado a arma por precaução.
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Ambos afirmam que, ao tratar do empréstimo da arma, o encarregado do Caso Amia teria relatado a intenção de levá-la no porta-luvas do carro. O procurador era proprietário de um revólver calibre 38.