Após investimento de quase R$ 26 milhões na compra de dois helicópteros, o serviço de atendimento aeromédico do Estado, implantado em 2012, deverá ser desativado pelo governo estadual.
Para o secretário da Saúde, João Gabbardo, o trabalho realizado por equipe de 15 médicos e enfermeiros, por meio de um termo de cooperação entre Brigada Militar e Samu, é "totalmente dispensável".
Coordenador do serviço, Maicon Vargas classificou a decisão um retrocesso. Ressaltou que, nos últimos 12 meses, o grupo realizou 140 atendimentos, entre eles os resgates dos praticantes de rapel em Maquiné e das vítimas do acidente com ônibus da Unesul em Glorinha, ambos neste ano, e do incêndio na boate Kiss, em 2013.
- Enquanto todos os Estados investem neste tipo de serviço, o atual governo decide voltar atrás. É lamentável. A população vai ser prejudicada, pois é um serviço que pode ajudar a salvar muitas pessoas.
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Gabbardo diz que foram feitos só 24 atendimentos no último ano. Segundo Vargas, a diferença entre os números ocorre porque a secretaria considera apenas os chamados via central estadual. Conforme Gabbardo, o governo vai tentar rever o investimento de R$ 26 milhões (70% deste valor já foi pago) feito em 2014 para a compra de duas aeronaves, mas a entrega de uma delas está prevista para a próxima semana.
- Vamos definir o que vai ser feito com os helicópteros. Não teríamos feito esse investimento, teríamos transferido esses recursos para a assistência e deveríamos menos para hospitais e prefeituras - disse Gabbardo.
Com a desativação do projeto, que tem custo mensal de R$ 156 mil, a demanda deverá ser atendida pela BM, como no passado, e por empresas privadas, que também atuam na coleta de órgãos para transplantes. Vargas, ex-coordenador estadual do Samu, diz que o custo da hora será cinco vezes maior com o serviço terceirizado.