Um ataque nesta quarta-feira (7) contra os escritórios da revista satírica francesa Charlie Hebdo, em Paris, deixou 12 mortos, de acordo com autoridades do País. Segundo testemunhas, pelo menos três homens armados abriram fogo no local por volta do meio-dia (9h de Brasília).
O presidente da França, François Hollande, se dirigiu para o local do atentado e convocou uma reunião do gabinete de crise para as 15h (horário local). Ele também concedeu uma entrevista coletiva em frente à sede da publicação.
Hollande, qualificou o ataque como “atentado terrorista” de “extrema barbárie” e lamentou as mortes. Segundo ele, a França “sabia que estava sob ameaça, como outros países do mundo” e que nas últimas semanas as autoridades desmantelaram planos de ataques terroristas no País.
Segundo a televisão pública France Télévision, os profissionais da redação do Charlie Hebdo estavam reunidos quando ocorreu o ataque. Entre os mortos, está o jornalista, cartunista e diretor do semanário, Stephane Charbonnier, conhecido como Charb, e três cartunistas: Cabu, Wolinski e Tignous.
A redação da revista, publicada semanalmente, já tinha sido atacada em novembro de 2011, quando um incêndio de origem criminosa destruiu as suas instalações. Esse incidente ocorreu depois da revista publicar um número especial sobre as primeiras eleições na Tunísia após a destituição do presidente Zine el Abidine Ben Ali, vencidas pelo partido islâmico Ennahda, no qual o profeta Maomé era o “redator principal”.