Há cinco anos, o projetista Rafael Cândido, 25 anos, resolveu deixar o carro na garagem e usar a bicicleta para se deslocar pela cidade. O motivo foi o peso que o gasto com gasolina estava provocando no bolso do jovem. Com o tempo, ele percebeu que as vantagens iam além da economia. Andar de bicicleta reduziu o tempo de percurso entre a casa e o trabalho e garantiu uma vida mais saudável a Rafael.
Em dias de chuva fraca, ele não se intimida. Vai de bike mesmo assim. Se for chuva forte, pega carona. O estudante de Design de Produto só usa o carro para ir à faculdade à noite, por uma questão de segurança, e para viagens. Dentro da cidade, só vai de magrela.
O desapego com o motor é tão grande que Rafael nem sabia que 22 de setembro é o Dia Mundial Sem Carro. Ele considera a iniciativa uma boa ideia e entende que é possível sim aderir a meios alternativos de transporte no dia a dia.
"Muita gente não gosta de ter a sensação de andar de bicicleta, prefere o conforto do carro. Mas, no final das contas, se tu colocar na ponta do lápis, tu faz uma viagem muito mais confortável de bicicleta, porque tu vai chegar em casa em menos tempo sem o estresse de estar em um lugar apertado, dirigindo no trânsito cáotico, praticamente parado", avalia.
O Dia Mundial Sem Carro surgiu na França, em 22 de setembro de 1997. No Brasil, a iniciativa chegou em 2001, envolvendo 11 cidades, entre elas Porto Alegre, Caxias do Sul e Pelotas.
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