As regiões norte e noroeste do Estado têm 29 municípios prejudicados pela chuva, segundo a Defesa Civil gaúcha. As cidades fazem levantamentos para decretar situação de emergência.
Em Iraí, no norte, a prefeitura trata a cheia do Rio Uruguai como estado de calamidade pública. São 400 famílias fora de casa, a maioria delas levadas para residências de familiares ou amigos.
Os desabrigados estão em uma igreja, em um ginásio e em um CTG, como é o caso da família de Angelita Rechert, 43 anos, que perdeu parte dos móveis e foi levada na quinta-feira para o centro. Angelita conta que nunca havia visto uma cheia como essa em Iraí.
A chuva que cai há cinco dias acumula 360 milímetros e elevou o nível do rio a 15 metros acima do normal. O recorde, em 1983, foi de 18 metros. A água continua subindo, invadindo casas e interditando ruas e pontes, como a que liga a cidade a Santa Catarina.
Bombeiros, Defesa Civil e moradores trabalharam durante a madrugada, distribuindo lonas, alimentos, roupas e materiais de higiene. Famílias continuam sendo removidos de casas ameaçadas. Móveis também são retirados dos locais de risco. As aulas da rede pública estão suspensas e a prefeitura pediu o corte da energia elétrica para regiões alagadas.
Municípios afetados pelas chuvas no Estado:
Cruzaltense, Barão do Cotegipe, Getulio Vargas, Erechim, Erval Grande, Marecelino Ramos, Barra do Rio Azul, Maximiliano de Almeida, Ponte Preta, Nonoai, Viadutos, Caiçara, Campo Novo, Tenente Portela, Jaboticaba, Palmitinho, Pinheirinho do Vale, Cristal do Sul, Cerro Grande, Irai, Novo Tiradentes, Alpestre, Barra do Guarita, Vicente Dutra, Nova Candelária, Tres de Maio, Novo Machado, Porto Mauá, Unistalda.
Veja a situação em Iraí, após a cheia do Rio Uruguai: