A Polícia Civil recebeu na manhã desta segunda-feira o laudo conclusivo da perícia sobre as causas do incêndio no Mercado Público de Porto Alegre, ocorrido em julho de 2013. O documento confirmou a avaliação dos peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) que estiveram no local à época estimando que o fogo teria se iniciado, depois do fechamento do local, em uma fritadeira esquecida ligada em um restaurante.
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Conforme a delegada-adjunta da 17ª Delegacia da Polícia Civil Carmen Kátia Régio, o laudo indica que "houve um sobreaquecimento por funcionamento prolongado em uma das fritadeiras da loja que permanecera ligada e, em consequência, o óleo e os resíduos dos alimentos presentes entraram em ignição dando início ao incêndio".
Dois responsponsáveis pela banca 46, o restaurante Atlântico, onde estava a fritadeira, devem ser indiciados por incêndio culposo (quando é provocado sem intenção).
- Ficou claro que não foi um incêndio criminoso. Este era o documento que faltava para que o inquérito fosse encerrado. Até o final da semana devemos encaminhar à Justiça - disse Carmen.
Oito lojas localizadas no segundo andar do prédio tiveram suas dependências prejudicadas pelas chamas.
Contraponto
Sobre o laudo da polícia, o advogado de um dos donos de restaurante do Mercado, Lúcio de Constantino, disse que havia buscado peritos engenheiros em eletricidade para esclarecerem os acontecimentos:
- Os documentos que vieram demonstram que havia uma precariedade na estrutura elétrica do Mercado Público. É inviável se culpar uma fritadeira ou uma geladeira por um incêndio nas proporções que ocorreram. É lógico que a estrutura era anacrônica.