Após um fim de 2012 cheio de esperanças, o ano que se encerra amanhã fez a ficha cair para os porto-alegrenses. Se 12 meses atrás já era difícil crer que todas as obras previstas para a Copa do Mundo de 2014 ficariam prontas - sem que houvesse espaço para qualquer atraso -, dezembro de 2013 reservou um banho de realidade: o prefeito José Fortunati admitiu que apenas dois dos projetos para melhorar o trânsito da cidade serão entregues a tempo.
Devido a uma série de impasses que vai desde a dificuldade em liberar verbas de financiamentos até desapropriações discutidas na Justiça, restou à prefeitura apostar no projeto do entorno do Estádio Beira-Rio (que envolve a duplicação da Avenida Edvaldo Pereira Paiva, o corredor BRT da Avenida Padre Cacique e o viaduto da Pinheiro Borda) e no viaduto da Avenida Júlio de Castilhos. O restante das obras ainda não tem prazo oficial divulgado, mas deve ficar para 2015.
- Estamos fazendo um investimento de R$ 890 milhões. Grande parte é financiamento da Caixa Econômica Federal, com juros menores. Estamos com dois processos para serem liberados, um de R$ 420 milhões e outro de R$ 150 milhões. Há um compromisso para que essa liberação aconteça no início de janeiro. Já combinamos com os empreiteiros que vamos retomar todas as obras, em outro ritmo - explicou Fortunati, em entrevista à Rádio Gaúcha, semana passada.
O saldo de 2013 está longe de dar motivos para comemoração: dos 11 projetos acompanhados por ZH, inicialmente previstos para a Copa, apenas o aeromóvel que liga o trensurb ao aeroporto Salgado Filho está funcionando - e, mesmo assim, ainda de forma experimental. O Estádio Beira-Rio, que tinha conclusão prevista para 31 de dezembro, também atrasou. E a obra de ampliação do terminal de passageiros do Salgado Filho tem prazo apertado.