Mesmo depois de quatro dias interditado, o prédio do Instituto Geral de Perícias do Estado (IGP), continua funcionando normalmente. O chefe da Divisão de Projetos e Convênios do IGP, Jackson Garrafiel, explica que algumas sessões devem ser transferidas para outros prédios do Estado. Segundo ele, enquanto isso não ocorre, o IGP não tem como garantir a segurança dos funcionários, já que o prédio está irregular.
- Estamos providenciando alguns itens de segurança recomendados pelos Bombeiros, como extintores de incêndio, mas eu não posso garantir segurança de algo que está fora da legislação. Ao mesmo tempo, não há possibilidade de simplesmente parar de trabalhar, pois muita gente seria prejudicada, explica.
Garrafiel ressalta que algumas sessões do prédio como, por exemplo, os laboratórios de química legal, responsável pela numeração de armas, e balística, pelas perícias em armas, não têm como serem deslocados, em razão da complexidade de se achar outro lugar para realocá-los. Ele acredita, porém, que a retirada de alguns setores do local já diminuiria os risco, em caso de um incêndio, por causa da menor circulação de pessoas.
Ainda segundo ele, nesta quarta-feira, será entregue pela Secretaria de Obras um documento que transfere o prédio para o Estado, já que o mesmo estava em nome da União Gaúcha dos Policiais Civis. Somente depois do regularizado, é possível encaminhar o Plano de Prevenção contra Incêndios aos Bombeiros.
Outros três prédios receberam termo de interdição da Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb), por falta de laudo de proteção contra incêndios (documento que antecede o Plano de Proteção contra Incêndios). São eles: Associação dos Subtenentes e Sargentos da BM , Escola de Samba Imperatriz Dona Leopoldina e Sociedade Hípica Porto-Alegrense. Eles tem 30 dias para entregar a documentação junto ao órgão. Caso contrário, estão sujeitos à multa.
O documento de interdição foi encaminhado ao Ministério Público. A promotoria de Habitação e Ordem Urbanística ainda não tem detalhes sobre a inspeção. O promotor Fábio Sbardelotto vai investigar o que ocorreu. Na avaliação dele, um prédio que foi interditado não pode continuar funcionando.
Gaúcha
Mesmo interditado, direção garante que IGP vai seguir funcionando e que não há como garantir segurança de funcionários
Transferência de algumas sessões para outros prédios do Estado é estudada para tentar amenizar o problema
Maria Eduarda Fortuna
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