Começa na tarde desta quarta-feira (7) o julgamento do processo criminal que apura responsabilidades pela queda do avião da TAM em Congonhas em julho de 2007. No acidente, 199 pessoas morreram. A aeronave saiu de Porto Alegre para a capital paulista.
São apontados como responsáveis pelo acidente a então diretora da Anac, Denise Abreu, o ex-vice-presidente de Operações da TAM, Alberto Fajerman e o ex-diretor de Segurança de Voo da empresa, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro. Eles respondem por atentado contra a segurança no transporte aéreo.
Na avaliação do Ministério Público Federal, houve negligência e imprudência na operação dos voos da empresa e do Aeroporto de Congonhas, que não apresentava boas condições na noite do acidente por causa da chuva. O presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do acidente, Dario Scott espera que a justiça seja feita.
Familiares de pessoas que morreram no acidente prometem fazer mobilização em frente ao Foro Federal Criminal de São Paulo.
ENTENDA O CASO:
Ocorrido em 17 de julho de 2007, o acidente com avião da TAM, voo JJ 3054 causou a morte de 199 pessoas. Entre os mortos, 96 gaúchos. O julgamento dos acusados de serem os responsáveis pelo acidente no aeroporto de Congonhas, está marcado para esta quarta-feira (07) e quinta-feira (08) de agosto. O processo corre na 8ª Vara Criminal Federal de São Paulo, a sentença será dada pelo juiz Márcio Assad Guardia nestes dias. Na audiência serão ouvidos réus e testemunhas. Os réus são a então diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, e os ex-diretores da companhia aérea TAM, Alberto Fajerman e Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro. Os três respondem por "atentado contra a segurança no transporte aéreo". A acusação do Ministério Público Federal (MPF) é de negligência e imprudência na operação dos voos da empresa e do Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, que não apresentava boas condições naquela noite chuvosa de 17 de julho de 2007. Com a pista principal molhada, o avião que fazia a rota Porto Alegre-São Paulo não conseguiu frear, saiu da pista e explodiu ao colidir com o prédio da TAM. Se condenados, Denise, Fajerman e Castro podem pegar de um a três anos de detenção, caso o juiz entenda que o crime foi culposo, ou seja, sem intenção. Se a Justiça levar em consideração a destruição da aeronave e o número de mortos, a pena pode variar entre quatro e 12 anos.