O ciclista David Santos Sousa, de 21 anos, que perdeu o braço ao ser atropelado na Avenida Paulista, dia 10, reviu na terça-feira as duas primeiras pessoas que o socorreram. O encontro aconteceu no escritório de seu advogado nos Jardins, zona sul da capital, e emocionou David:
- Eu estava morto. Se não fosse o Thiago, eu não estaria aqui para contar a história.
Também muito emocionado após abraçar David, o estudante de Publicidade Thiago Chagas dos Santos, de 26 anos, lembrou que fez massagem cardíaca e improvisou um torniquete no ciclista, que teve alta do hospital no último sábado. O coordenador de Informática Agenor Pereira Júnior, de 41 anos, disse que procurou pelo braço de David na avenida, mas desistiu e concentrou forças para tentar acalmá-lo.
David foi atingido quando pedalava rumo ao trabalho. O impacto da batida decepou seu braço, que ficou preso no Honda Fit do estudante de Psicologia Alex Siwek, de 21 anos. Siwek fugiu sem prestar socorro e atirou o braço em um córrego, o que impossibilitou o reimplante.
- Eu só lembro que vi um carro atravessando a ciclofaixa e derrubando três cones - afirmou David.
Depois, ele ainda acordou e tateou em busca do braço. O ciclista disse que gostaria de encontrar Siwek e perdoá-lo, olhando olho no olho, mas espera que ele seja punido.
David procura atendimento fisioterápico, mas só encontrou vagas para setembro no Sistema Único de Saúde (SUS). Ele mantém o desejo de fazer o curso técnico de Segurança do Trabalho e planeja voltar a pedalar.
Reencontro
Ciclista que perdeu braço revê quem o socorreu em São Paulo
David Santos de Sousa teve o membro decepado ao ser atingido por um carro no dia 10
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