Pela segurança dos alunos, pais e funcionários realizam protesto em escola de Campo Bom

Alunos, pais e professores da Escola Estadual de Ensino Médio La Salle, de Campo Bom, no Vale dos Sinos, realizaram um protesto às 12h30min desta quinta-feira. O objetivo era paralisar as atividades do colégio, que sofre com curto circuitos e quedas de luz. Mais de 300 pessoas participaram da reinvindicação por segurança.

Durante a manhã, os pais de estudantes foram até o Corpo de Bombeiros do município solicitar um laudo da estrutura. Depois, se dirigiram à escola, onde mais pessoas aderiram ao movimento e não deixaram seus filhos entrarem para as aulas.

- Foi uma reinvindicação pacífica. Os bombeiros ficaram de verificar algumas questões da segurança, como saídas de emergência e extintores de incêndio. A direção da escola também entendeu nossa preocupação. Tínhamos que fazer algo antes que acontecesse uma desgraça - declarou Marcos Bohrer, 46 anos, pai de um estudante do 6º ano.

Não haverá aulas na escola até sexta-feira. Na segunda-feira, às 19h, uma reunião será feita entre os pais para decidir o que irá ser feito. O ano letivo havia iniciado na quarta-feira, com um turno de apenas meio período.

Os problemas começaram em março do ano passado, quando houve um princípio de incêndio. A partir daí, os dois prédios, que constituem a instituição de cerca de mil alunos, sofrem com curto circuitos e quedas de luz.

Aparelhos de ar-condicionado e computadores estão encaixotados, porque não podem conectá-los na rede elétrica. O laboratório de informática há meses não é utilizado, enquanto ventiladores são revezados e os refrigerados de ar mais antigos sequer são ligados. 

- Campo Bom é uma das cidades mais quentes do Estado, tu pode imaginar como os alunos não sofrem? - questiona o professor de Matemática Jó Adriano da Cruz.

Em nota enviada por e-mail, a 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), responsável pelas escolas estaduais do Vale do Sinos, afirmou que o processo de reforma elétrica "está em tramitação". Na terça-feira engenheiros foram enviados à escola e, segundo informações repassadas aos professores, há risco de interdição total da escola. A coordenadoria não soube informar previsão de início da reforma.