O Sindicato dos Trabalhadores do Polo Petroquímico de Triunfo (Sindipolo) está realizando uma manifestação na manhã desta quarta-feira diante da empresa Masisa, em Montenegro, onde um incêndio no último dia 22 de setembro provocou a morte de cinco funcionários. Um sexto funcionário, Cristiano Flores Souza, 30 anos, continua internado com queimaduras em 50% do corpo.
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Apoiado por vários sindicatos de trabalhadores do polo e de outras categorias da região, o ato pede maior atenção às famílias das vítimas e melhores condições de segurança para os funcionários da Masisa.
- Estamos cobrando mais responsabilidade da empresa, já que os trabalhadores têm relatos de acidentes quase semanais. Nossa obrigação é chamar a atenção para essa situação - disse o presidente do Sindipolo, Carlos Heitor Rodrigues, que considera que o acidente do dia 22, por sua gravidade, "não pode ficar impune".
Os ônibus que transportam funcionários para o polo estão sendo parados pelos manifestantes, para entrega de material, o que está provocando engarrafamentos na BR-386 (Tabaí-Canoas). O protesto, no entanto, está sendo abreviado por uma explosão em um transformador da subestação da CEEE no polo, que provocou uma queda de energia que deixou fora de operação empresas de segunda geração.
- Estamos liberando a entrada do pessoal do turno das 8h para atender essa emergência - explicou Rodrigues.
A Masisa fabrica painéis de madeira para móveis e arquitetura de interiores. O incêndio foi provocado por uma explosão no setor de peneiras. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa informou que respeita o direito de livre manifestação e que "está focada em prestar total apoio às famílias das vítimas e concentrada nas investigações, inclusive com auxílio de consultoria externa, e cooperando com as autoridades competentes na busca das causas do acidente".
A produção da fábrica segue parada e ainda sem previsão de retomada. As áreas afetadas pelo incêndio estão paralisadas por tempo indeterminado e as investigações continuam de forma intensiva, conforme a empresa.
Protesto
Manifestação interrompe acesso ao polo petroquímico de Triunfo
Sindicatos pedem mais segurança na Masisa, onde um incêndio em setembro matou cinco trabalhadores
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