Um, dois, três, quatro, cinco. É assim que Maria Carolina Santiago, atleta do Grêmio Náutico União, vai contar as suas medalhas nas Paralimpíadas de Tóquio. Na manhã desta quarta-feira (1º), ela conquistou a sua terceira medalha de ouro no Japão, ao vencer os 100m peito classe SB 12 — ela também tem uma prata e um bronze. A pernambucana de 36 anos se tornou a maior medalhista do Brasil em uma única edição dos Jogos.
Ela fez o tempo de 1min14s89, novo recorde paralímpico da prova. A prata ficou com a russa Daria Lukianenko, com 1m17s55, e o bronze, com a ucraniana Yaryna Matlo, com 1m20s31.
Antes da conquista desta quarta, Carol havia conquistado dois ouros, nos 100m livre e 50m livre, uma prata no revezamento 4x100m misto e um bronze nos 100m costas S12. Ela só ficou fora do pódio em uma das seis provas que disputou em Tóquio.
A pernambucana nasceu com síndrome de Morning Glory, uma alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Ela praticava a natação convencional até 2018, quando migrou para a paralímpica, e trocou Pernambuco por Porto Alegre, onde treina no União.
Pouco antes da atleta do União fazer história, outra brasileira conquistou uma medalha nas piscinas das Paralimpíadas. Cecília Araújo ficou com a prata nos 50m livre S8. Essa foi a primeira medalha paralímpica da nadadora de 22 anos.